Apoiar causas é bom, porque as empresas cativam um público específico; mas também pode ter o efeito contrário. Até que ponto vale a pena uma marca levantar uma bandeira?
No ano passado, o comercial d’O Boticário gerou grande polêmica nas redes sociais por mostrar a tradicional troca de presentes do dia dos namorados de uma maneira atual. Algumas pessoas chegaram a formar grupos de boicote à marca.
O Boticário, por sua vez, manteve-se tolerante aos comentários e firme com seu posicionamento sobre a homoafetividade. “As marcas têm um papel decisivo nisso, que bom que elas acordaram para esse ponto”, comenta Michel Alcoforado, antropólogo especializado em consumo e sócio-diretor da Consumoteca.
“As empresas despertam a curiosidade no outro ao tomarem uma posição, porque um dos principais pontos de qualquer preconceito é a falta de informação. No momento em que você vê, no comercial do Jornal Nacional, uma propaganda dessas, a mãe é obrigada a conversar com o filho, a empregada com a patroa, o porteiro com o segurança. E é conversando que a gente constrói uma sociedade melhor”, opina Michel.
O fato é que, se você, que é contra a relação homoafetiva, fosse deixar realmente de consumir produtos de marcas que apoiam a causa, teria que deixar de comprar produtos da MAC, Natura, Clean & Clear, Skol, Sonho de Valsa, Fiat, Microsoft, HP, Groupon, Nike, Levi’s, Procter & Gamble, Twitter, Ford, Motorola, Tiffany & CO., GAP, Coca Cola, entre tantas outras.
“Vejo com ótimos olhos. Essa decisão precisa estar diretamente ligada à estratégia da marca, não pode ser apenas para parecer ‘bonitinha’ na TV”, enfatiza Michel.
Confira abaixo alguns vídeos de empresas que se posicionaram à favor das relações homoafetivas.
Por: Fernando Zuanon e Roberta Romão
Via Consumidor Consciente
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